Thursday, July 14, 2011

Dersa trata 70 famílias do Jardim Oratório como lixo humano

Este é o primeiro texto que publico no meu blog e infelizmente começo com uma notícia que nos entristece. A Dersa (Desenvolvimento Rodoviário SA) simplesmente esqueceu 70 famílias desamparadas, desabrigadas e passando tremendas dificuldades no Jardim Oratório.
Depois de passar um tempão sem dar muita satisfação aos moradores de Mauá, a Dersa iniciou a remoção das 1.897 casas, que darão espaço ao prolongamento da avenida Jacu Pêssego.
O bairro em que várias famílias construíram suas vidas e seus relacionamentos sociais e afetivos será simplesmente varrido do mapa. Faz parte do progresso. Mas ninguém esperava que a Dersa agisse com incompetência e deixasse para traz, sem eira nem beira, 70 famílias.
O pessoal está vivendo em um bairro destruído. Com casas parcialmente derrubadas. Sem água. Sem esgoto. Sem nenhum tipo de infra-estrutura urbana.
Os moradores nos procuraram porque não conseguem saber a quem recorrer. A Dersa, irresponsavelmente, tira o corpo fora. A prefeitura local não toma providências. E os moradores, cidadãos como você e eu, trabalhadores e pagadores de impostos são o exemplo vivo do abandono e da inoperância de uma empresa que deveria ser o exemplo de eficiência.
Daqui a pouco vão começar os discursos políticos. E vamos fazer questão de não deixar cair no esquecimento o sofrimento que a Dersa está impôs às 70 famílias. Gente como a gente, mas aos olhos dos administradores da Dersa não passam de lixo humano.
 
Adilson Torres Sapão, secretário administrativo e financeiro do Sindicato dos Metalúrgico de Santo André e Mauá

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