Thursday, January 12, 2012

Decisões pessoais e intransferíveis


Por Adilson Torres dos Santos, o Sapão

Como trabalhadores estamos acostumados às decisões coletivas. Nossos reajustes salariais dependem de nossa ação conjunta em torno do Sindicato para que consigamos bons acordos salariais. O nível de emprego depende de políticas econômicas e da nossa capacidade de se mobilizar e de pressionar as instâncias governamentais, tudo feito, claro, de maneira coletiva.
Mas existem decisões que dependem de nossa atitude pessoal e que são intransferíveis.
Por exemplo, motivar nossos filhos para que tenham um bom desempenho na escola. É um dever dos pais que devem se acostumar a tirar pelo menos meia hora por dia para conversar com os filhos, de maneira detalhada, sobre o desempenho escolar.
Pegar os cadernos, verificar as observações dos professores, ligar para o diretor ou diretora pedagógica, nos informar quando acontecerá a próxima reunião de pais e mestres, indagar sobre o comportamento e aproveitamento de nossos filhos. É uma decisão nossa e intransferível. Que se tomada com frequência permitirá um melhor aproveitamento de nossos filhos na educação essencial para os seus desenvolvimentos futuros.
O mesmo tipo de responsabilidade pessoal se aplica ao posto de saúde, ao transporte público e à segurança em nossos bairros.
Se abrirmos mão de nossa responsabilidade pessoal a coisa pública que nos afeta coletivamente continuará a funcionar precariamente. Pois o administrador público, geralmente um político eleito ou nomeado por um político eleito precisa saber quais são nossas avaliações. São homens e mulheres dependentes do voto para renovarem suas posições administrativas e que quando convenientemente pressionados, tendem a buscar respostas.
E caso não respondam aos apelos diretos que façamos para melhorar o atendimento no posto de saúde, na escola dos nossos filhos ou no transporte coletivo teremos como opção excluí-los de nossa votação nas próximas eleições.
Ou seja, do mesmo jeito que somos responsáveis pelo voto somos também responsáveis pelo acompanhamento pessoal direto do desempenho dos nossos políticos e administradores públicos, pela educação dos nossos filhos, pelo funcionamento adequado dos postos de saúde.

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